sábado, 9 de abril de 2011

Bate-Bola Com Carlos Alberto Lancetta




Publicado em 10/01/2011no Jornal Nova Imprensa uma entrevista minha com Carlos Alberto Lancetta, coordenador técnico da Secretaria Especial da Copa 2014

Por Matheus Oliveira


No último dia 8, Friburguense e Serrano fizeram um jogo-treino no Estádio Eduardo Guinle, com vitória do time de Nova Friburgo por 4 a 0. Na arquibancada do estádio, acompanhando o time de Petrópolis, estava o recém-chegado diretor de futebol Carlos Alberto Lancetta.

O experiente profissional, que é formado em Educação Física, já trabalhou com atletismo, teve passagens como gerente de futebol no Botafogo e no Vasco, e atualmente exerce a função de coordenador técnico da secretaria especial Copa 2014 e Rio 2016. Este órgão foi criado pela prefeitura do Rio de Janeiro para coordenar as ações da cidade, visando capacitá-la a receber os grandes eventos esportivos. Com tanto trabalho, Lancetta arrumou um espaço para recolocar o Serrano no cenário do futebol carioca. Animado, ele revela sua grande meta no clube: Levar o Serrano em 2015, ano de seu centenário, para a primeira divisão do Campeonato Carioca.


Nova Imprensa: Lancetta, fale sobre seu trabalho à frente do Serrano.


Carlos Alberto Lancetta: Fui convidado por um grupo de empresários para recuperarmos toda a estrutura do Serrano que estava largada e levantar a autoestima do clube, que andava baixa devido às más campanhas e até a não participação em algumas competições.



N. I.: Quais as melhorias que estão sendo feitas no clube?


Lancetta: Fizemos uma reestruturação completa no departamento de futebol, buscando um maior profissionalismo. Nós não possuíamos jogador algum, e hoje já temos alguma estrutura, com alguns atletas do próprio clube. Vocês irão se surpreender com o trabalho que será desenvolvido em Petrópolis por esse grupo de empresários que está investindo no clube, no patrimônio do Serrano. Estamos pretendendo criar um Centro de Treinamento, modificar o estádio, transformá-lo em uma Arena. Vamos também criar uma empresa para que o futebol do clube seja gerenciado de maneira profissional e transparente. Isso tudo queremos construir até 2015, ano do centenário do clube.


N.I.: Que avaliação você faz da equipe? Qual a expectativa para a Série C do Estadual?


Lancetta: No jogo contra o Friburguense vimos o que o Serrano poderá desempenhar na Série C. Mas ainda estamos buscando jogadores no mercado de trabalho, e acredito que teremos um bom time para a disputa da Série C, para brigar por esse acesso. Recuperar o Serrano é importante porque todas as principais cidades do interior têm uma equipe na primeira divisão e Petrópolis é a única que não tem. E em uma cidade forte economicamente como Petrópolis, temos que ter um clube na primeira divisão, e fazer com que a população volte a ter orgulho do futebol da cidade. Nosso grande objetivo é levar o Serrano de volta à elite estadual, ao menos até 2015, o que seria a coroação dos festejos do centenário do clube.


Na segunda parte da entrevista, Lancetta fala sobre a Copa do Mundo de 2014 e as Olímpiadas de 2016, eventos em que ele participa da organização do Rio de Janeiro para recebê-los. Também revelou o que falta para o Brasil se tornar uma potência olímpica.


N.I.: Como está a preparação brasileira para a Copa do Mundo?


Lancetta: A preparação está sendo muito bem feita, no sentido de preparação e infraestrutura. O Brasil atingiu um nível muito bom nesse aspecto, vide o Pan de 2007, onde realizamos um dos melhores Pan-Americanos da história. Vamos realizar ótimos eventos esportivos no nosso estado, porque além do Mundial e dos Jogos Olímpicos, o Rio irá receber também os Jogos Mundiais Militares em 2011 e a Copa das Confederações em 2013.


N.I.: E qual a sua função na Secretaria?


Lancetta: Minha função está ligada à área administrativa, assessorando a construção das instalações esportivas e de tudo que vem dar suporte à parte técnica.


N.I.: O que falta para que o Brasil até 2016 seja considerado uma potência olímpica?


Lancetta: Eu acredito que para ser uma potência olímpica é necessário ter um grande trabalho de base, mas em nível olímpico não dá para fazer milagre, é preciso muita dedicação, algo que temos feito desde 2008. Para você ter uma idéia desse trabalho, atualmente estamos exportando mão de obra qualificada para trabalhar em outros eventos. Nós nunca tivemos isso, e hoje cinco executivos nossos estão trabalhando para os Jogos de Londres 2012 e doze para o Pan de Guadalajara. Tudo isso devido à preparação que estamos tendo para receber essas grandes competições. Então sem dúvida, ao receber esses eventos chegaremos a um nível muito alto em termos de organização esportiva e também no desempenho de nossos atletas.

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