
No último dia 12 de março,fomos surpreendidos com o pedido de renúncia de Ricardo Teixeira da presidência da CBF(Confederação Brasileira de Futebol) e do COL (Comitê Organizador Geral da Copa), alegando problemas de saúde e devido as pressões e inúmeras denúncias de corrupção que vem sofrendo por parte da imprensa e de diversas instituições.
Em sua carta-renúncia o presidente da CBF,em um dos trechos mais importantes,dizia que sacrificou a sua saúde: "Fiz o que estava a meu alcance, sacrificando a saúde e renunciando ao insubstituível convívio familiar. Fui criticado nas derrotas e subvalorizado nas vitórias",afirmava.
Ele ainda exaltou seus feitos,porém o que nosso nobre presidente não fez foi explicar as inúmeras denúncias que sofreu nos últimos anos como o caso investigado pela justiça suíça de que teria recebido propina da antiga empresa de marketing esportivo ISL para favorecer a empresa no processo de compra dos direitos de transmissão da Copa do Mundo. Também não explicou as denúncias de irregularidades fiscais encontradas no Brasil,além de todos os problemas enfrentados nas obras dos estádios da Copa de 2014. Perdendo força política tanto com o governo brasileiro quanto com a Fifa, Teixeira não resistiu e renunciou.
Rei morto, rei posto. No lugar de Teixeira assumiu seu vice mais velho,José Maria Marin que já foi governador de São Paulo e já passou por diversos cargos públicos.A ascensão de Marin, gerou intensa movimentação política entre os presidentes de federações. Parte deles, com medo de São Paulo ganhar ainda mais força no cenário nacional, busca realizar novas eleições, partindo do príncipio de que a extensão do mandato até 2015 serviria apenas para o antigo presidente. Enquanto isso, quem ganha força é Marco Polo Del Nero,presidente da Federação Paulista de Futebol(FPF) e que foi indicado para o lugar de Teixeira no Comitê-Excutivo da Fifa.
Já no COL, Marin assumirá a função de presidente, mas quem comandará as ações em conjunto a Bebeto e Ronaldo, que fazem parte do Conselho de Administração é a filha de Teixeira, Joana Havelange.
Enquanto Marin assume uma CBF milionária,com as contas em dia e vários patrocinadores, mas com brigas políticas,dentro de campo a situação da Seleção não é nada boa, pois Mano Menzes ainda não encontrou um time ideal e o Brasil não consegue praticar um bom futebol e nem ter resultados satisfatórios.
Ao que parece, a ida de Marin para o poder, indica a continuidade da gestão de Teixeira,mesmo que o atual presidente seja menos centralizador.Porém a estrutura do futebol brasileiro, deverá permanecer a mesma. Não adianta mudar os nomes se não mudar a ideologia. E para mudar esta ideologia,os clubes brasileiros deveriam se unir e buscar tomar o poder e comandar o futebol brasileiro,já que sem eles o espetáculo não existiria.
E espantou a todos que gostam de futebol, a relativa comodidade das maiores intituições do país neste momento.E hora de buscar melhorias e tentar mudar o modelo atual.
Para conseguir ganhar mais dinheiro e deve-se ter um mínimo de organização e olhar empreendedor, o futebol brasileiro precisa adaptar o seu calendário ao europeu,ter uma liga de clubes que negociasse direitos de transmissão,organizasse os campeonatos e recebesse dinheiro da CBF, deixando para esta e para as federações,o papel de representação política e os cuidados com a seleção.
A saída de Teixeira deve ser o momento de reerguer nosso futebol, de valorizar o nosso produto, e deixar para trás este pasado nebuloso de 23 anos de desmandos,processos, corrupções e declínio e de amadorismo para entrarmos de vez na era do profissionalismo,fazendo com que o nosso futebol volte a ser respeitado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário